segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Special Pep One

Quando me levantei dee madrugada para assistir ao super clássico, estava longe de esperar tamanha tareia da equipa de Pep Guardiola que fez um jogo inacreditável. e reduziu a cinzas o Real Madrid de Mourinho que sofreu a sua maior derrota em jogos oficiais.
O discurso comedido do Special One no princípio da época tinha razão de ser pois ele estava consciente do enorme poderio do Barça com os seus baixinhos mágicos, que especialmente Xavi hoje fizeram um jogo monstruoso
Ontem deve ter tido saudades de um capitão como Zanett para meter os Marcelos e os Sérgio Ramos em respeito.
O gesto de Pique no final do jogo com a mão aberta apontando para alguém disse tudo

Morreu um grande senhor



Irei sempre recordar "Airplane" ou a trilogia "The Naked Gun" como grandes momentos de comédia. Leslie Nielsen faleceu aos 84 anos

Adeptos loucos

No Brasileirão o fanatismo é tão grande que os adeptos assobiam e torcem para que a própria equipa perca o seu jogo de forma a não beneficiar o rival. Aconteceu no Palmeiras-Fluminense onde por exemplo o guarda-redes levou com um copo por estar a defender muito e assim estar a "ajudar" o grande rival, Corinthians,envolvido na discussão do título com o Fluminense.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Estou farto dos mercados

Vejo na televisão imagens de rua da Irlanda, da Grécia, da Espanha, e são iguais às de Portugal: as pessoas movem-se de ou para o trabalho, há transportes a funcionar, comércio aberto, crianças a irem para escola, enfim, a vida como habitualmente. A mim parece-me que estes países e estas pessoas estão vivas, que não estão à beira da morte. Mas não, é ilusão minha: todos os noticiários nos dizem que sobre esta gente e estes países pesa a mais tenebrosa ameaça destes sinistros tempos económicos que se vivem: os mercados.
Estou farto dos mercados, estou farto da constante ameaça dos mercados: os mercados acordaram bem dispostos mas, depois do almoço, os mercados enervaram-se e subiram-nos outra vez as taxas de juro; os mercados não gostam disto, os mercados querem aquilo; os mercados querem um orçamento aprovado, os mercados não acreditam na execução do orçamento que queriam aprovado; os mercados assustam-se quando o ministro das Finanças fala, os mercados reagem em stresse se o ministro fica calado mais do que dois dias; os mercados querem que os Estados desçam o défice, diminuindo despesas e aumentando receitas, mas os mercados fogem se a PT pagar um euro que seja de imposto sobre as mais-valias do maior negócio europeu do ano; os mercados estão preocupados com a quebra do consumo, mas os mercados adoram os aumentos do IVA; os mercados recomendam cortes salariais, mas os mercados são frontalmente contra os cortes nos salários e prémios dos gestores das grandes empresas, porque isso é uma intromissão estatal que contraria a regra da concorrência... nos mercados.
Sim, eu sei: à falta de alternativa, estamos na mão dos mercados e não os podemos mandar para onde bem nos apetecia e eles mereciam. Mas convém não esquecer que foi esta fé nos mercados, como se fosse o boi-ápis, a desregulação e falta de supervisão dos famosos mercados, que mergulharam o mundo inteiro na crise que vivemos, devido ao estoiro do mercado imobiliário especulativo e do mercado financeiro, atulhado do que chamam "activos tóxicos" - que deram biliões a ganhar a muito poucos e triliões a pagar por todos. A Irlanda, que hoje os mercados flagelam com juros acima dos 8%, está onde está, não porque a sua economia tenha ido à falência (pelo contrário, e como sucede com Portugal, está em crescimento), mas porque os seus tão acarinhados bancos, maravilha fatal dos mercados e do liberalismo selvagem, rebentaram de ganância e irresponsabilidade e obrigaram o Estado a resgatá-los à custa de um défice de 32%. Num mundo justo, os mercados deveriam ser os primeiros a pagar pela falência da Irlanda; no mundo em que vivemos, quem ganha com isso são os mercados outra vez e quem paga são os contribuintes - irlandeses primeiro, europeus depois - e os desempregados da Irlanda. Por isso, a srª Merkel disse que seria justo que os mercados (isto é, os investidores na dívida pública irlandesa) participassem também nos custos de resgatar a dívida irlandesa, se isso se vier a revelar inevitável. Mas, no mundo em que vivemos, o que sucedeu é que toda a gente caiu em cima da srª Merkel, porque a sua declaração logo fez subir as taxas de juro junto dos indignados mercados. Mesmo no Inverno, já nem espirrar se pode, porque os mercados não gostam.
Mas é assim que estamos: nas mãos dos abutres. Sim, eu sei, não adianta para nada matar o mensageiro no lugar da mensagem. Nem eu o faço: já escrevi várias vezes que agora não há volta a dar. Vivemos há tempo de mais a gastar o que não tínhamos e a endividar-nos para o futuro. Todos - indivíduos, famílias, empresas, bancos, autarquias, Estado - instalámo-nos irresponsavelmente num modus vivendi que consistiu em pedir dinheiro emprestado por conta da riqueza que um dia iríamos ter e nunca tivemos. Um exemplo basta para dar conta da insanidade financeira em que o país mergulhou: convencemo-nos de que era possível que cada português fosse dono de habitação própria, coisa jamais vista em lugar algum. Mas também nos convencemos (e ainda há quem esteja convencido) de que podemos ter auto-estradas de borla, o maior consumo público de farmácia e tratamentos hospitalares de toda a Europa ou um sistema de pensões cujas despesas aumentam incessantemente enquanto as receitas diminuem paulatinamente. Era fatal que um dia teria de chegar a conta destas criminosas ilusões que uma geração irresponsável de políticos alimentou e uma geração de eleitores aplaudiu. Chegou agora e eu acho que não temos outro caminho senão enfrentar a inevitabilidade de começar a cortar brutalmente nas despesas para podermos matar o défice, cobrir os juros usurários que os mercados agora nos cobram e começar a amortizar a dívida acumulada. E seria justo que tal sucedesse enquanto está no poder a geração que nos enterrou em toda esta dívida e dela beneficiou.
Isso é uma coisa. Outra, é assistir de braços cruzados à ditadura dos mercados e à retoma, como se nada tivesse sucedido, das regras de um capitalismo moralmente pervertido e socialmente insustentável. Países como Portugal, a Irlanda, a Grécia, não obstante todos os erros próprios cometidos e a responsabilidade que têm nas suas actuais situações, têm o direito de exigir condições decentes para pagarem o que devem. Bruxelas e o FMI sabem muito bem que, com juros entre os 7 e os 11%, não há sacrifícios, nem despedimentos, nem miséria que chegue para conseguir pagar, sobrevivendo. É um escândalo que a PT não pague um tostão de mais-valias num negócio de 7500 milhões de euros porque factura os lucros da operação através de uma sua subsidiária sediada na Holanda, onde a taxa de IRC é de... 0%! É um escândalo para a PT, um escândalo para um país como a Holanda, que serve de barriga de aluguer paradumping empresarial e fuga fiscal, e um escândalo para a UE, os Estados Unidos e todo o G-20, que nem sequer se atreveram ainda, mesmo depois de terem visto o que viram, a começar a concertar-se para pôr fim a essa coisa pornográfica que são as offshores - autênticos salteadores da riqueza das nações e fábricas de desempregados.
Eu sei também qual é a resposta pronta, de cada vez que se fala nas offshores: "se nós não temos, têm os outros e as empresas fogem para os melhores mercados". Pois, mas se os senhores do mundo, concertados nas reuniões do G-20, decidirem todos boicotar as offshores e as empresas que lá existem, elas acabam, fatalmente. E, se já se conseguiu estabelecer regras universais para o comércio mundial e assuntos ainda mais complexos, porque não se consegue aqui? A resposta provável é esta: porque os senhores do mundo, ao contrário do que se possa pensar, não são Obama, nem Hu Jintao, nem Medvedev, nem Merkel ou Sarkozy: os senhores do mundo são uns cavalheiros que se reúnem uma vez por ano em fóruns como o de Davos, na Suíça, e aí, enquanto representantes do verdadeiro poder - financeiro, empresarial, político, militar e de informação e comunicação - entre si estabelecem as regras do jogo. E agora, com a Rússia e a China tão devotamente convertidas ao capitalismo, nunca foi tão fácil aos senhores do mundo estabelecerem as regras que lhes interessam. E nunca o capitalismo foi um jogo tão viciado e tão amoral. A falência óbvia do socialismo foi o caminho aberto para a libertinagem, sem regras, sem princípios morais e sem qualquer preocupação de que a economia sirva os povos, em lugar de os sugar. Se vivesse hoje, Adam Smith seria anarquista"
Miguel Sousa Tavares no Expresso
Comentário: Totalmente de acordo. Esta submissão às vontades e interesses dos mercados irrita-me profundamente como já aqui escrevi e vai destruir o Euro e a União Europeia

O estranho caso da Autoeuropa

Gostaria de perceber qual a justificação para numa das empresas de maior sucesso em Portugal e que melhores condições oferece aos seus trabalhadores, os trabalhadores terem parado totalmente a produção, vindo a público o representante sindical orgulhar-se de não se ter produzido um único carro.
Pode ser que daqui a uns tempos se venham a arrepender.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Esquerda inútil

Esta esquerda portuguesa, irresponsável e que apenas pensa ter direitos, esquecendo os seus deveres, é a grande responsável pelo estado comatoso em que se encontra Portugal.
Eu se fosse empresário jamais investiria num país assim.

O estado socialmente falido

Será que os defensores do Estado Social a qualquer custo como Alegre e companhia acreditam mesmo naquilo que dizem? Será possível ainda não terem percebido que é algo completamente insustentável?

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Embrulha Wenger

"Jogámos contra uma equipa que recusou jogar futebol. Deu-nos a bola, tivemos muita posse de bola, mas não conseguimos criar oportunidades, porque eles defenderam bem. Ainda assim tivemos uma oportunidade clara, quando deveria ter sido marcado penalty sobre o Carlos Vela. Já se viu que 5 árbitros não é a resposta para estes problemas. Foi muito desapontante para nós, claro."

"O futebol é assim. Se jogarmos dez vezes com o Sp. Braga ganhamos oito ou nove. Mas hoje foi essa décima vez."

"Eles venceram, venceram. Nada mais. Mas o momento do jogo é o penalty que não é assinalado. O árbitro teve algumas decisões surpreendentes."


O mau perder e arrogância de Wenger são bem conhecidas e estas declarações confirmam-no em absoluto. Que idiota!
Provavelmente o Braga irá acabar na Liga Europa mas vai de cabeça bem levantada depois deste belo percurso

O Pós Mourinho é muito difícil

"Mas não é só pós-Mourinho. É tudo o que se passa quando nós estamos com ele e depois desaparece. Para mim, o Mourinho é o melhor treinador do mundo e disso não tenho dúvidas. Diz-se que ele transmite muita confiança aos jogadores. É verdade, mas não é só confiança: é tudo! Quando tu tens um treinador que te passa tudo, que te diz ao pormenor o que tens de fazer no treino e que depois repetes no jogo, é extraordinário. E isso traz as vitórias. É verdade que quem vem depois dele não tem a vida facilitada e até acho que as coisas só vão piorar para o lado do Benítez. O Pedro fala em orfandade e eu digo que não é bem isso - é o ciclo que se quebra e os jogadores talvez sintam que já ganharam tudo. Mas a verdade é que ganharam tudo com ele, como no Inter de Milão. O que é que havia mais para ganhar? Nada. Quando eu estava no FC Porto, à saída dele sucedeu-se um período menos bom, até porque com ele foram outros bons jogadores [Carvalho ou Paulo Ferreira] e depois seguiu-se aquela instabilidade com o novo treinador que não tinha os mesmos métodos. Se estranhámos? É capaz. O Mourinho tem uma forma de ser e de tratar os jogadores muito especial. E acho que também tem um timing especial para sair dos clubes!"


Ricardo Costa no i

Os lunáticos atacam novamente

"South Korea says it has returned fire after North Korea fired around 200 artillery shells onto one of its border islands, reportedly killing one marine." In BBC

Muito cuidado com estes lunáticos amigos da China e do Bernardino Soares, que segundo relatórios vindos recentemente a público, já possuem o material necessário para produzir bombas nucleares

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Vrum Vrum II

Tenho esperança de um dia perceber qual o interesse de um Grande Prémio onde as corridas estão quase sempre paradas fruto dos constantes acidentes

Goleias tu e goleio eu

O maior interesse da Liga Espanhola actual parece residir em ver entre Real e Barça quem atinge a maior goleada ou entre Ronaldo e Messi quem será o melhor marcador. Longe dos tempos da Liga Fantástica das transmissões na TVI

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Pacifistas da treta

Confesso que não tenho a mínima paciência para os pacifistas desocupados da treta capazes de escrever vómitos como este, que geralmente se costumam manifestar em cimeiras como esta da NATO em Lisboa e cujos ideiais de abraços e beijinhos possibilitaram a ascensão de Hitler com os resultados que todos conhecemos.

Malta forreta

Dos 9,866 mil milhões de patacas previstos de investimento público para 2010, até Outubro apenas tinham sido realizados 2,365 mil milhões, o que dá uma taxa de execução irrisória de 24%.
Desde o escândalo do Mister. Pataquinhas que existe uma aversão brutal à tomada de decisões na Administração Pública, que apenas se mostra sensível para acolher e subsidiar os pandas.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

O Portugal Habitual

1 Primeiro, o ministro explicou que a Cimeira da NATO implicava tão graves "ameaças terroristas" que se justificava a compra urgente de seis viaturas 'antimotim' para transporte de elementos policiais, ao custo de seis milhões de euros. Achei logo estranho: carros antimotim para fazer frente a ameaças terroristas? Mas já alguém ouviu falar de um motim de terroristas? (Imaginem a notícia na imprensa internacional: 'Lisboa, 21: terroristas da Al-Qaeda amotinados atacaram a cimeira da NATO em Lisboa mas foram repelidos pela polícia local, deslocando-se nos novos carros Cougar'. Sempre achei que este ministro tinha mais imaginação do que substância.
Depois, o ministro Rui Pereira anunciou no Parlamento que os carros seriam comprados por concurso e que não eram blindados mas apenas "com protecção balística". Segundo passo em falso: afinal, os carros foram comprados nos Estados Unidos por ajuste directo e são mesmo blindados, iguais aos que os americanos usam no Iraque e no Afeganistão para transportar tropas de combate - só que, nos nossos, na torre do blindado, em vez de um atirador com canhão, vai estar um PSP vigiando o motim terrorista. Assim sendo, ninguém percebe porque não foram usados outros blindados disponíveis, tais como os recentes e já mal afamados Pandur (será que tiveram medo que eles se avariassem em pleno motim?).
Mas, depois veio o pior: a "urgente aquisição" não estaria disponível a tempo da cimeira. Com sorte, talvez cheguem dois carros; com mais dinheiro gasto num transporte aéreo tipo-DHL talvez cheguem mesmo todos. Mas, como explicou um responsável da PSP, nunca chegarão a tempo de se poder ensinar os homens a manobrá-los e a cimeira é já para a semana. Há dias, com o ministro sentado ao seu lado com a sua melhor cara de ameaça terrorista iminente, o director-nacional da PSP, desculpou-se do atraso e explicou que não podiam garantir que quem lhes tinha garantido a chegada a tempo dos blindados cumprisse a sua promessa. Como? É assim que o Estado faz compras de seis milhões de euros - sem se garantir juridicamente contra o incumprimento do prazo por parte dos fornecedores? Só com promessas? Será preciso recorrer aos serviços do escritório do dr. Sérvulo Correia para fazer um simples contrato de compra e venda dependente do cumprimento do prazo por parte do vendedor?
A barraca não podia ser maior. O ultraje feito, num momento destes, a cidadãos que estão esmifrados até ao tutano por um Estado que assim gasta o dinheiro dos contribuintes não podia ser mais chocante. E, então, vá de congeminar uma saída blindada às arrecuas, a ver se pega: o novo brinquedo militar para uso da polícia civil vai servir depois, já que não serve para a cimeira da NATO, para "intervenções policiais" em bairros de risco, de grande criminalidade e droga, onde a PSP às vezes "é atacada com armas de guerra". A sério? A PSP vai passar a entrar de blindado militar na Quinta do Mocho ou no Bairro da Bela Vista atrás de assaltantes ou traficantes? Em que filme é que terão visto isso? Em que guerra civil é que se inspiram?
2 Tenho de pedir desculpa ao Alandroal por aqui ter escrito há quinze dias que me parecia chocante a percentagem de um funcionário municipal para cada 28 habitantes. Na 'pérola do Atlântico', entre o seu gabinete, os dos sete secretários regionais, os dos 70 organismos públicos que eles criaram e mantêm e as autarquias, há 35.000 funcionários para servir 245.000 habitantes: um 'jardinário' para cada oito madeirenses. O dobro do número de funcionários dos Açores, com a mesma população, mas dispersa por nove ilhas habitadas e não por duas e muito mais distantes entre si. E mais de metade do número de funcionários das Canárias, ali ao lado, com sete ilhas habitadas e oito vezes a população da Madeira.
Para conseguir sustentar este exército privado de funcionários, Jardim vive a sugar dinheiro ao continente, até onde o deixam e mais além: quando lhe impuseram finalmente a obrigatoriedade de endividamento zero, Sua Alteza Atlântica inventou as "sociedades de desenvolvimento regional" que se endividam com o aval do Governo e servem, entre outros fins de utilidade pública, para sustentar o Marítimo FC, o clube da predilecção de Sua Alteza Insular, ou um pasquim chamado "Jornal da Madeira" (que é distribuído gratuitamente para ver se assim liquida o único concorrente e não alinhado), e onde Sua Alteza Querida é diariamente louvada ao melhor nível do outro Querido Líder asiático.
Eis o Estado Jardim. Eis como se ganham eleições eternamente. Há anos que me faço a mesma pergunta: porque é que a nossa democracia e o nosso pobre país têm de sustentar e engolir esta ruinosa fantochada democrática? Porque é que não há Presidente da República, nem primeiro-ministro, nem líder do PSD que não se ajoelhe perante Sua Exaltada Alteza? Têm medo que ele declare a independência? Pois que declare!
Por estes dias, Sua Alteza Revoltada anda histérico com a iminência de perder um dos privilégios que lhe advêm do privilégio de fazer leis de excepção a favor dos madeirenses: vai deixar de poder acumular a totalidade do vencimento de presidente do governo regional com a totalidade da sua pensão de 4124 euros (cuja revelação pela imprensa o levou na altura a classificar os jornalistas como "bastardos, para não dizer filhos da puta"). Esse privilégio, assim como o do direito a uma subvenção vitalícia quando, enfim, cessar funções, aí pelo ano 2045, foram ambos banidos no início do Governo Sócrates, há cinco anos. Mas não na Madeira, onde Sua Educada Alteza tratou de se excepcionar e aos seus. Segundo anunciou, Sua Roubada Alteza vai então pôr em tribunal o que chama o Estado "ladrão", que se lembrou de repente que ele também era português e sujeito a compartilhar uma pequena parte dos sacrifícios comuns. Como habitualmente, o advogado dever ser o deputado Guilherme Silva, que costuma desempenhar essa curiosa dupla função de deputado nacional e advogado do governo regional. Ou, então, considerando que se está perante um roubo a um trabalhador, talvez o camarada dr. Garcia Pereira (esse mesmo, o da ditadura popular, que também costuma advogar a favor de Sua Quase Africana Alteza). Palpitante pleito judicial em vista, que, se fosse julgado em Alenquer, tinha desfecho garantido a favor de Sua Patriótica Alteza.
3 A Associação Nacional dos Alunos das Escolas Básicas e Secundárias fez saber que não aceita que os exames nacionais contem em 30% para a média final do ano: preferem, julgo, que contem zero. E também não aceitam o modelo de gestão das escolas, "que dá demasiado poder ao director em detrimento de outros actores, como os alunos, acabando com a gestão democrática nas escolas". Também o inevitável presidente da Fenprof exige a "imediata substituição" deste modelo de avaliação dos professores (qualquer que seja, já ninguém sabe nem quer saber).
Faz sentido: se os professores não querem ser avaliados, porque haveriam os alunos de querer ser examinados? E essa das escolas terem um director com poder também é um abuso: tudo visto e revisto, não é verdade que é à "gestão democrática" das escolas que devemos o ensino público de excelência que temos? Exames aos alunos, avaliações de desempenho dos professores, directores a mandar nas escolas - para quê tanta mudança? Para quê mudar o que está bem?
4 E porque, como os restantes funcionários do Estado, o meritíssimo de Alenquer viu o seu vencimento reduzido, ele (agora no estatuto de titular de órgão de soberania), resolveu unilateralmente trabalhar menos duas horas por dia. Se os outros 600.000 funcionários públicos (que não são órgãos de soberania), lhe seguissem o exemplo, talvez o Estado falisse, finalmente. E o meritíssimo não teria então que trabalhar hora nenhuma.
5 Dois anos depois do estouro do BPP, os 'investigadores' resolveram fazer uma busca aos domicílios dos seus administradores e advogados, em busca de provas comprometedoras. Nesses dois anos, nos Estados Unidos, Bernard Maddoff foi denunciado, preso preventivamente, julgado e condenado a pena que cumpre há mais de um ano. Mas os nossos investigadores são muito amáveis: gostam de dar tempo aos suspeitos para se prepararem e organizarem para eles dossiês e pens muito bem arrumados, à espera do ansiado dia da busca."
Miguel Sousa Tavares no Expresso
PS: E o bandido do Rendeiro ainda veio queixar-se em público através do seu advogado, das buscas que foram feitas...

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Tareia

Aos 60 e tal minutos de jogo, os espectadores no Estádio da Luz gritavam olés a cada troca de bola entre os jogadores portugueses, para desespero dos jogadores espanhóis tendo inclusive Fabregas perdido a cabeça e agredido Pepe.
Isto diz  tudo sobre o baile que os actuais campeões mundiais e europeus levaram na Luz, que poderia ter sido ainda mais dilatado se o monumento de Ronaldo não tivesse sido injustamente anulado.
A era Paulo Bento continua em grande estilo.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Escolham outros

Espero bem que a candidatura conjunta de Portugal e Espanha à organização do Mundial de 2018 não seja a escolhida, pois o país não está em condições de suportar mais aventuras deste calibre e além disso o modelo de organização definido remete-nos a um papel secundário inaceitável. A decisão será conhecida a 2 de Dezembro e já se registaram algumas acusações de corrupção envolvendo as diversas candidaturas.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Cidade da harmonia

A palavra harmonia será com toda a certeza dita imensas vezes na apresentação das linhas de acção governativa que se inicia hoje.

domingo, 14 de novembro de 2010

Grande Vettel

Já cansava ver os espanhóis a vencerem em tudo o que era desporto pelo que gostei de ver Vettel a sagrar-se campeão mundial deixando Alonso à beira de um ataque de nervos, desentendendo-se com Petrov no final da corrida, como se este tivesse a obrigação de o deixar passar...
Prémio merecido também para a Red Bull que ao contrário da Ferrari nunca alinhou em jogadas manhosas de equipa.
O piloto alemão tornou-se assim o mais jovem campeão mundial da história da Fórmula Um

PS: Armindo Araújo sagrou-se bicampeão mundial de ralis no agrupamento produção. Parabéns

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

O Jardel do Calhabé

Divertida entrevista de João Tomás no i

Economistas sábios II

Contra as previsões de grande parte dos economistas, especialistas em prever cenários catastróficos, a economia portuguesa  continuou a crescer no terceiro trimestre de 2010

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Economistas sábios...

Em tempos relativamente recentes, a economia irlandesa era apontada pelos economistas de renome como um caso de sucesso e um exemplo a seguir pelos outros países europeus. Agora com um défice astronómico de 32% encontra-se na iminência de ter recorrer aos fundos de emergência da Comissão Europeia e do FMI, algo que a acontecer irá arrastar Portugal com toda a certeza

Combate ao desperdício

Ler aqui  exemplos de boas práticas na gestão dos dinheiros públicos. Puro bom senso, acrescento eu.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Terra de Estatísticas II

Esta pequena cidade é de facto fenomenal na produção de inquéritos, sondagens e afins. Em 3 anos realizaram-se 1400 inquéritos sobre os mais variados temas!

domingo, 7 de novembro de 2010

Uma noite de mão cheia

Inesquecível noite no Dragão que deixou o Benfica reduzido a cinzas e Jesus em muito maus lençóis. Aquele tridente atacante é demolidor e Belluschi anda a jogar barbaridades. Em 18 jogos oficiais, vão 16 vitórias e dois empates.
Agora nos próximos tempos teremos com toda a certeza, os diários desportivos a noticiarem futuros reforços benfiquistas para Janeiro.
Uma nota ainda para os imbecis das bolas de golfe que persistem nestes comportamentos. Já era tempo de os banirem dos estádios

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Vigarices dos tempos modernos

Enquanto em Macau existem pessoas burladas em largos milhares de patacas por contribuírem para as escavações de um suposto tesouro, em Portugal vendem-se em diversas lojas, pulseiras holográficas que prometem energia, equilíbrio, força e flexibilidade

Sines em mãos chinesas?

Se bem conheço a forma de actuação dos governantes chineses, aposto que nesta visita de Hu Jintao a Lisboa, o Porto de Sines irá ser um dos assuntos de conversa
Por mim parece-me bem pois é uma infra-estrutura sub-aproveitada.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Malditos mercados

Por muito que ache o governo de Socrates tremendamente incompetente, parece-me ridículo atribuir-se esta subida dos juros da dívida soberana a uma desconfiança dos mercados internacionais, quando estes apenas se guiam por uma lógica especulativa e gananciosa, não existindo qualquer lógica subjacente ao seu comportamento.
Peçam à China para adquirir dívida pública portuguesa que eles não se fazem rogados.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Descansa em paz

Infelizmente o pequeno Afonso não resistiu à leucemia e faleceu ontem no Porto. Que descanse em paz e daqui vai um abraço de solidariedade para a família

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Naõ exagerem

Bem sei que  o futebol é  para homens de barba rija e que é um desporto de Inverno mas nunca tinha visto um jogo disputado nas condições em que se disputou o Académica-Porto. Foi um verdadeiro tormento para os olhos e custa-me a perceber porque não se adiou o jogo.