quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Boxing Day

- Jogo espectacular em Old Trafford onde o Man United com a estrelinha habitual acabou por vencer após ter estado três vezes em desvantagem e visto duas bolas baterem nos postes da sua baliza.

- Vitória expressiva dos Spurs de Villas Boas com os quatro golos a surgirem todos na segunda parte, incluíndo um hattrick de Bale. Boa época dos comandados de Villas Boas até agora, e certamente irão lutar até ao fim por uma vaga na Champions e um brilharete na Liga Europa

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Happy Christmas



Dia 26 estarei de volta. Bom Natal

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

(In)Justiça inacreditável

"Lisboa, 14 dez (Lusa) - O tribunal condenou hoje a uma pena suspensa, de três anos e nove meses, um homem de 22 anos por causar graves lesões e queimar o corpo do enteado de dois com um aquecedor e cigarros.
O arguido encontrava-se em prisão preventiva ao abrigo deste processo e, após a leitura do acórdão, foi libertado por ordem do coletivo de juízes da 8.ª Vara Criminal
 de Lisboa.
Para o tribunal, ficaram provados todos os factos constantes na acusação do Ministério Público (MP) em relação ao menor, mas o coletivo de juízes absolveu o arguido do crime de violência doméstica sobre a companheira, do qual também estava acusado.
"O que o senhor fez foi de uma enorme crueldade e de uma malvadez inqualificável. Além disso, mostrou indiferença perante os factos cometidos e não revelou arrependimento pelos mesmos. A tese de que a criança caiu e bateu com a cabeça na banheira, quando lhe estava a dar banho, não convenceu", explicou o presidente do coletivo de juízes."





Eis em grande explendor, um dos grandes cancros de Portugal, a Justiça.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Próximos Destinos

Dezembro - Boracay

Fevereiro - Myanmar

Abril - Chiang Mai

Merry Christmas

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Grande Pedrerol




Vejam neste vídeo como o jornalista Josep Pedrerol se irritou com o tratamento vergonhoso dado a Mourinho e Ronaldo por serem portugueses e abandonou o programa. Nada que espante quem leia jornais espanhóis como é o meu caso.

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Boa piada

"Entretanto, fontes ligadas às concessionárias do jogo afirmam à Rádio Macau categoricamente que este sistema de lavagem de dinheiro nunca passou pelas salas de jogo. “Lavar dinheiro nos casinos não é fácil”,"

Hoje Macau

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Special One de saída

A confirmar-se a notícia da Marca ,a saída de Moutinho não espanta ninguém. Fruto do seu carácter e forte personalidade, Mourinho vai coleccionando inimigos e opositores com o passar do tempo.
Essa faceta é ainda mais evidenciada num clube como o Real Madrid, cheio de vacas sagradas com um ego enorme, além de nos últimos tempos assistirmos a ataques contínuos da comunicação social.
A Premier League espera por ele. Benitez ou Mancini que se cuidem.
.

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Clockenflap

Enquanto em Macau, temos direito a concertos de 5 minutos de vedetas internacionais onde se cobram 650 hkd por bilhete, em Hong Kong organizam-se festivais à séria de nível internacional.
É o caso do Clockenflap que se vai realizar este fim de semana em Kowloon. Lá estarei




É mesmo isto


"Ainda vivi o fim do antigo regime, do Estado Novo. A oposição dividia-se entre estar indignada - e, de facto, a situação era indigna, totalitária e repressiva - e em fazer retratos mais ou menos neo-realistas da situação social e política do país. Apesar do crescimento do PIB ser enorme (travado, em 1973, pela crise petrolífera) o país era miserável. Faziam-se abaixo-assinados e exigia-se a demissão do senhor Presidente do Conselho. O Presidente da República, que tinha o popular cognome de 'cabeça de abóbora', assistia mudo aos apelos que lhe faziam as personalidades do reviralho. Nos cafés conspirava-se, nas universidades fugíamos da polícia de choque, nas empresas e fábricas havia gente subversiva, ligada no geral ao PCP, que organizava sindicatos e comités.
Quase toda esta gente foi surpreendida por um movimento militar que pôs fim ao regime.
Depois do 25 de Abril, sempre que a direita está no poder, a esquerda parece rememorar os velhos tempos da oposição ao Estado Novo. Proclama, conspira inconsequentemente, faz apelos e abaixo-assinados e indigna-se. Como então se esquecia de que era necessário um plano para a tomada do poder, pelo que era (como se dizia) bota-abaixista, também agora parece esquecer-se que há toda a liberdade de expor alternativas e de concorrer a eleições para mudar a política, o Governo e o estado das coisas. Excetuando aqueles que acham que essa é uma via burguesa de resolver problemas políticos (ou seja, os radicais), todos concordam que a existência de eleições é a forma pacífica e civilizada de mudar de política. É certo que a democracia não se esgota em eleições e que o direito à indignação e ao protesto existe, mas a prática democrática, sobretudo quando exercida por pessoas com responsabilidades no país, deve ser dirigida para o debate racional de alternativas e não para um debate emocional e demagógico para onde alguns o querem conduzir.
Porém, sempre que um governo de direita ganha eleições, aparece logo quem o considere ilegítimo. E há sempre quem volte com o choradinho como arma, a indignação como protesto e o bota-abaixismo como método. Propaga-se bem nas redes sociais e funciona otimamente como escape catártico.
Mas é totalmente ineficaz para construir o que quer que seja, incluindo uma alternativa política realista à atual situação."

Henrique Monteiro no Expresso

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Cambada de sem-vergonha

"Numa carta dirigida ao primeiro-ministro, 70 personalidades de vários quadrantes da sociedade exigem uma alteração de política e, caso isso não aconteça, defendem ser dever de Passos Coelho “retirar as consequências políticas que se impõem, apresentando a demissão ao senhor Presidente da República, poupando assim o país e os portugueses ainda a mais graves e imprevisíveis consequências”.

Os signatários dizem ainda que “os eleitores foram intencionalmente defraudados” nas últimas eleições, num acto que descrevem como um “embuste”. Além de Mário Soares, a carta é subscrita pelos deputados socialistas Ferro Rodrigues, João Galamba, Inês de Medeiros, Pedro Delgado Alves e Pedro Nuno Santos, mas também pelos bloquistas Fernando Rosas, Daniel Oliveira e Helena Pinto.

Outras personalidades como Carvalho da Silva, Medeiros Ferreira, Cipriano Justo, Bruto da Costa, Manuel Maria Carrilho, Pedro Abrunhosa, Teresa Beleza, Adelino Maltez, Valter Hugo Mãe, Pilar del Rio e Vítor Ramalho subscrevem também o texto."

Esta cambada de pançudos e dependentes do Estado, liderada pelo decadente Mário Soares, mostrou bem o que entendem por democracia e a sua completa falta de vergonha na cara.

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Joey Barton...



O bad boy do futebol inglês, agora a jogar em França, resolve falar na sua língua mãe com  sotaque francês, fazendo lembrar as personagens da série "Allo Allo".

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Fora com eles

"Começou ontem a análise à alteração da lei de contratação de trabalhadores não-residentes. A comissão vai pedir uma extensão do prazo por três meses para poder entregar o diploma à Assembleia. Os deputados mostram-se desagradados com a possibilidade destes trabalhadores poderem mudar de emprego em busca de melhores condições."

Realmente onde já se viu os trabalhadores poderem procurar melhores condições... Uma vergonha é o que é.
Temos aqui muitos adeptos da escravatura. Esta é uma situação que deveria envergonhar qualquer residente de Macau

"A comissão considera também que esta alteração pode contrariar os princípios da própria lei de contratação de trabalhadores. A lei vigente contempla o princípio de não descriminação, definindo que estes trabalhadores não devem ter um tratamento “menos favorável que o dos trabalhadores locais ao nível dos direitos, deveres e condições de trabalho”

Ou a tradução foi mal feita ou então não consigo entender como a possibilidade os trabalhadores não residentes poderem mudar de emprego contraria a não disciminação. Aliás é precisamente o oposto. Tenho pena de ninguém fazer estas perguntas a estes senhores que estão ali sentados na AL.

Arruaceiros

"A uma só voz, 17 movimentos juntaram-se esta terça-feira à tarde, na Praça do Comércio, para dar uma garantia ao Governo: “Não temos medo e vamos continuar a sair à rua.”

Alguns destes movimentos associaram-se agora numa rede denominada Rede14N, numa alusão à carga policial do passado dia 14, dia da greve geral, junto ao Parlamento, e depois da manifestação da CGTP. Os movimentos vêem a carga policial como uma tentativa de "pôr em causa o direito à manifestação” e "de "criminalizar a contestação social".

Em comunicado, a Rede14N considera é também intenção das autoridades e do Governo “fazer esquecer as medidas de austeridade impostas, de extrema violência e que levam à revolta e ao desespero das pessoas"


Acho imensa piada a estes ditos activistas de esquerda que pactuaram com os comportamentos arruaceiros que se viram na manifestação, agredindo a polícia e destruindo propriedade pública, e vêm culpar as autoridades pelo que se seguiu.

Da minha parte não tenho a mínima paciência para estes meninos activistas com imenso tempo livre que nunca assumem responsabilidades e aproveitam o facto de viverem em democracia para cometerem actos violentos e selvagens.

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Falta de sensibilidade

A propósito da trágica morte de Luís Carreira no circuito da Guia , fiquei chocado com a forma como a notícia foi relatada no Telejornal da TDM. O apresentador parecia estar a falar de uma notícia banal como o melhor tempo de Rutter ...
Não esperava tamanha falta de sensibilidade no telejornal do canal em português da TDM perante a morte de um piloto nosso compatriota.
RIP Luís Carreira

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Zlatan Tsubasa

Vrum Vrum

Com mais um Grande Prémio à porta, espera-se o mesmo de sempre. Corrida com muitas interrupções, transmissões integrais de treinos que não interessam a ninguém, pessoal com uns blusões coloridos a passear pela cidade, muito barulho, caos no trânsito etc...
E para o ano prometem dois fins de semana de corridas... Um mal nunca vem só...

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Passem para cá os cheques

Na apresentação das LAG de hoje, com maior ou menor harmonia, mais ou menos estudos científicos, o que me interessa mesmo é saber qual vai ser o valor dos cheques.

domingo, 11 de novembro de 2012

A malvada Merkel

A propósito da visita de Merkel, o impagável prof Marcelo queria passar este vídeo vergonhoso em Berlim. Muito bem estiveram as autoridades alemãs em recusarem a sua exibição, pois só ia piorar a nossa imagem.
Insinuar que foi culpa dos alemães que nós construíssemos estádios para o Euro 2004 ou que comprássemos submarinos não lembra a ninguém


quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Notável

Com a derrota ontem do Shaktar Donetsk em Londres no último minuto, o Porto passou a ser a única equipa europeia invencível na presente época.
Notável a evolução da equipa de uma época para outra, incluindo a do próprio Vitor Pereira.

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Uma boa notícia para o Mundo

Com o Ohio no papo, a reeleição de Obama está garantida!
 Como Europeu, fico obviamente satisfeito. Jamais poderia apoiar um candidato de um partido que se apoia em milionários asquerosos como Adelson ou Trump e defense causas inaceitáveis para um europeu que se preze.

Ao rubro

Nesta altura em que escrevo, continua tudo muito equilibrado. Obama leva uma escassa vantagem no Ohio e na Flórida com 70% dos votos contados, temos 636 votos de diferença. Flashback de 2000?

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Luta até ao último segundo

Com a corrida à Casa Branca tão equilibrada , parece-me bastante provável que se repitam as trapalhadas de 2000 e que em vez da Flórida, seja o Ohio o estado da grande batalha.

domingo, 4 de novembro de 2012

The Ides of March



Filme bem interessante de George Clooney sobre as eleições presidenciais americanas. Mostra bem como o poder corrompe e cega ,mesmo as pessoas mais bem intencionadas

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

A refundação do Estado


Impossível não concordar com o que José Gomes Ferreira diz.

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Comunicação social tendenciosa

Faz-me impressão como praticamente toda a comunicação social casca forte e feio no Governo de Passos Coelho sem direito a contraditório.
Um bom exemplo disto é o jornal das 24 horas da RTP, onde se fazem aberturas com afirmações de Seguro ou do imbecil do Mário Soares sem o mesmo tratamento para membros do Governo.
Eles que na altura do Sócrates andavam tão caladinhos e se curvavam perante o querido líder.

Cada vez mais decadente

Retirado daqui, não resisto a publicar algumas das frases proferidas pelo cada vez mais decadente Marocas recentemente na RTP Informação


"AUSTERIDADE. "A austeridade não serve para nada."
BANCOS. "Como é que nós vivemos se não pagarmos? Vivemos! Não vamos morrer. Não é o caso de um país morrer assim de repente só porque não tem dinheiro... Vamos aos bancos, vamos a outras coisas... Há muita gente que tem muito dinheiro."
DEMOCRACIA. "A democracia está em risco."
ELEIÇÕES. "As eleições não interessam neste momento a ninguém num caso destes, de crise absoluta."
GOVERNO. "Este Governo está a destruir o nosso País e por isso devia demitir-se."
GRITAR. "É preciso gritar - não é só falar e escrever. E é preciso que o Governo mude."
MANUELA. "Os mais ilustres sociais-democratas, a começar por Manuela Ferreira Leite, detestam o Governo. (...) Ainda há dias disse à Drª Manuela Ferreira Leite, vi-a a sorrir para mim (já a critiquei muito no passado...): 'Ó minha senhora, eu estou a segui-la do coração porque está a dizer coisas que são absolutamente certeiras'."
NOTAS. "Basta dar à manivela das notas e pôr o Banco Central Europeu a fabricar euros para tudo se resolver de um dia para o outro."
OBAMA. "O Obama é um sinal de esperança. (...) Se há alguém que sabe de política internacional, é o Obama."
PARALISIA. "O Governo está completamente paralisado em todos os domínios."
PSD. "Os dirigentes máximos do PSD estão contra o Governo."
QUERER. "Eu para já quero que o Governo se demita."
RUA. "Os próprios ministros devem ter a sensibilidade de dizer: 'Nós temos que ir para a rua'!"
SONDAGENS. "Agora já nem é [um Governo] de maioria absoluta porque os partidos do Governo baixaram muito [nas sondagens]."
TROIKA. "Esses tipos da troika não servem para nada. "

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

A família de Wen

Interessante retrato da família de Wen Jiabao no New York Times. Claro que os amigos chineses não vão poder ler este artigo...

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Que nome dar a isto?

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Viva o centro internacional de turismo e lazer


By Farah Master

MACAU (Reuters) - A short walk from billionaire Stanley Ho's extravagant Grand Lisboa casino stands the faded pink exterior of the Conde S. Januário, Macau's only public hospital.
Inside, bathroom tiles are stained and paint peels off the walls along the corridors where patients queue to be examined by busy medical staff. The hospital, built in the 1980s, serves the former Portuguese colony's more than half a million residents.
A new hospital is planned, but won't open until 2019. By then, Macau is expected to have added another six glitzy casinos to the three dozen that already make it the world's betting capital, as Las Vegas mogul Steve Wynn and others continue to bet on the only place where Chinese can legally gamble.
Life in Macau, a southern Chinese enclave one third of the size of Manhattan, is geared to gambling, which brings in revenue of more than $33 billion and accounts for more than 40 percent of GDP. There are more than four times as many gambling tables per 1,000 residents than hospital beds.
To many who live in what is both the world's most densely populated territory and fastest growing economy, the priorities are all wrong.
"It's unacceptable. These facilities are a joke. This is the main hospital in Macau," said Simon, who has lived in Macau for five years and works in the hotel industry, as he wheeled his toddler up and down in a narrow car park waiting for his wife.
Macau last year attracted 28 million visitors - more than the population of Australia - and while the gambling industry has boosted general living standards over the past decade, residents say the development of social infrastructure, including healthcare and transport, has lagged behind.
CLOGGED ARTERIES
A fleet of nearly 2,400 brightly colored casino buses shuttles visitors who commute en masse, stretching Macau's overburdened transport network, causing gridlocked streets and an increase in traffic accidents. This month, one Macau legislator pressed for a limit on the number of shuttle buses. A driverless light rail transit network is in the works, but isn't expected to be up and running until at least 2015.
Property prices have risen by half since last year, industry data show, and surging food prices mean daily groceries for Macau locals cost close to double what people pay in Hong Kong, the international financial hub an hour's ferry-ride away.
"I do see the inequality and the property price increases. Most importantly, I see the inequality gap is widening more and more compared to two years ago," said Larry So, a Macau-based political analyst.
Thousands of Macau residents have taken to the streets this month to call for more welfare measures, more public housing and more action to check inflation. Macau does also have a private hospital, a university hospital and several health clinics.
In comparison, greater Las Vegas, Macau's main rival as a gambling hub, has roughly the same population, more than 150 casinos and at least 15 hospitals with at least 90 beds or more.
HAND-OUTS NOT ENOUGH
Macau's government routinely gives residents annual "wealth share" cash handouts, raising this year's allowance to 7,000 patacas ($877), to try to stem public discontent. Last week, the government approved measures to tackle the overheated property market, but industry watchers say it is unlikely to bring down prices to affordable levels.
Juliet Risdon, director at JML Property in Macau, said that despite new housing supply such as the 19,000 subsidized home-ownership and social housing units due to be ready by the end of the year, overall new property supply was relatively short.
"I think it's very disappointing as a long-term resident of Macau, for my friends and colleagues here, that they are continually in a position where they cannot buy property," she said, adding that potential residents were frustrated about the small size of the new units and the exorbitant one-off cost of a car park berth, which has hit 1 million patacas (around $125,000) near one of the new low-cost housing developments.
The quality of housing is also under scrutiny, with some 200 residents evacuated from their apartment in the north of Macau's peninsula earlier this month after cracks appeared on the walls of the 30-storey structure.
HOOKED ON GAMBLING
Macau's transition from tranquil fishing village to casino boomtown has seen dependence on the gambling industry grow despite the government's efforts at diversification, said Jose Pereira Coutinho, a Portuguese legislator in Macau who heads the Civil Servants Association.
"There is no diversification of industry. We are too much dependable on gambling, so if something happens in mainland China, something bad, like SARS (Severe Acute Respiratory Syndrome) and people stop coming over to Macau, then the economy is in a mess," he said.
Small and mid-sized businesses struggle to survive, with many forced into bankruptcy in recent years, while others grapple with rising rents and skill shortages as graduates head straight to the casino industry where salaries are more than double.
Bobo Chan, a 26-year-old Macau university graduate, stopped working in the Sands Macau casino last year after she felt unable to cope with the lengthy overnight shifts in VIP rooms and the smoke-filled environment.
Chan, who now works for the Civil Servants Association, said that while she was able to switch industry, both her parents still work at the Sands Macau casino, with her mother on shifts from 8 p.m. until 4 a.m. most nights. While new casinos create opportunities for young people, Chan said the government is too focused on using gambling revenues to benefit Macau.
"There are already so many casinos in Macau. I think they had better put the money in education. I remember many years ago people came to relax, but now so many mainlanders come to Macau just to gamble," she said.
The social implications are taking their toll on residents, too, with local media reporting a 30 percent increase in the number of those seeking treatment for mental health problems in the past few years.
Some hope a change of leadership in China will help shift the political agenda in Macau.
"Let's hope when Xi Jinping becomes president something changes here in Macau. I don't know ... I hope so," said Coutinho, referring to the man widely touted as China's next leader.
(Additional reporting by Yimou Lee; Editing by Ian Geoghegan)

Um retrato bem verdadeiro de Macau

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Cortar o cabelo em Macau...

Um dia destes fui tranquilamente ao barbeiro habitual para rapar o cabelo com máquina 3. Explico-lhe várias vezes como queria o cabelo rapado, distraio-me um pouco e quando dou por mim já ele investiu sobre o meu cabelo com pente 0...
A partir daí pouco havia a fazer e lá tive que me mentalizar que durantes um tempos iria parecer um verdadeiro skinhead...

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Obama venceu

Vi grande parte do debate das presidenciais americanas hoje de manhã e fiquei com a sensação que Obama esteve bem melhor do que no debate anterior ,tendo aprendido a lição do primeiro debate que lhe correu de forma desastrosa.
Esteve muito mais dinâmico e agressivo diante de Romney e recuperou algum do momentum perdido naquele estranho primeiro debate.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Mais uma pérola desta grande banda

As pseudo medidas

Acho um  piadão a estas alturas em que o Governo finge tentar combater a especulação imobiliária, apresentando uma série de medidas cujo efeito prático é quase nulo e ignorando a questão das rendas que é a grande preocupação actual da população.
 Todos sabemos a quem interessa este estado de coisas por isso poupem-nos a estas palhaçadas.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

O fabuloso destino de Mr Hollande (e as mentiras na net)


"Antes de ser eleito, François Hollande foi, por uns tempos, a esperança da esquerda. Até talvez mais do que da esquerda, já que parte do PSD tinha a secreta esperança que um novo poder em França re-equilibrasse a Europa.
Mas Mr. Hollande, é uma desilusão. Não porque Sarkozy fizesse melhor nem, provavelmente, por culpa dele. Mas por essa velha madrasta chamada realidade que leva as pessoas sensatas a perceber que não se pode combater moinhos de vento. O presidente francês já recuou em muitos pontos do seu programa, tem uma mini-rebelião no seu grupo parlamentar e, hoje mesmo, o meu amigo Daniel Ribeiro, informa a partir de Paris, onde é correspondente muito bem informado, que os 'patos-bravos' o obrigaram a não levar para a frente um imposto sobre mais-valias geradas por empresas. Isto, depois de uma mexida na TSU, e de ter aprovado o tratado orçamental que condenava, é uma cereja em cima do bolo. De tal modo, que um ex-ministro diz do Governo de Hollande o que qualquer português pode dizer do seu (idem para qualquer europeu): "Este Governo dá o sentimento de estar em permanente improvisação e amadorismo"
Entretanto, circula na Net uma lista de medidas que Hollande teria tomado. São medidas corajosas, de esquerda... mas a maioria delas não existem. São fábula e fantasia. Entre os muitos mails que recebo, alguns são de indignados leitores perguntando por que motivo a imprensa portuguesa esconde essas medidas corajosas. Ora ninguém pode esconder o que não existe...
O  destino verdadeiro de Hollande é muito diferente da fábula que por aí circula. Eu sei que a muita gente custa encarar a realidade, mas refugiar-se na mentira não é nem nunca foi a melhor solução.
PS: No Facebook escrevi, quando Hollande foi eleito, que ele seria obrigado a ser igual aos outros. Recebi uma chusma de insultos. Espero que já tenham acalmado... Não era má vontade, era realismo."

Henrique Monteiro no Expresso

Dedicado aos Seguros e Louçãs desta vida

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Cortem mas não aqui sff II

"Na abertura das jornadas parlamentares do PCP, em Beja, o líder comunista afirmou que o PS tenta “capitalizar algum descontentamento”, disfarçando o seu comprometimento com o memorando da troika. Mas a solução, diz Jerónimo, é populista: “Opta por fazer coro com o mais básico populismo – a redução do número de deputados –, cedendo à demagogia política do anti-Parlamento, do anti-partidos e do anti-políticos e desviando as atenções da política brutal que está em curso.”

Camarada Jerónimo Sousa 

domingo, 7 de outubro de 2012

Insólito

Ontem durante a transmissão do Barça-Real na TDM, tivemos direito a ouvir todo o tipo de ruídos emitidos pelo comentador de serviço. Tosse, bocejos, assobios, houve de tudo um pouco.
 É assim tão difícil desligar o microfone nessas alturas?

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Marocas sempre coerente

"Segundo fontes fidedignas, a Polícia de Segurança Pública (PSP) presta serviço a Soares na moradia do Vau, com quatro elementos em turnos diários de 6 horas. No Campo Grande, são mais quatro em igual horário. Por último, ainda no que diz respeito à PSP, há mais dois agentes para o seguir por todo o lado, alternadamente. Mas o assunto, pelos vistos extremamente grave - e dispendioso -, da segurança pessoal de Mário Soares, não se fica por aqui. Assim, a Guarda Nacional Republicana está de serviço permanente à simpática residência de Nafarros - só aqui são mais quatro agentes da GNR que se revezam em turnos de 6 horas. Feitas as contas, Mário Soares tem ao seu serviço 14 elementos destacados. Como alguém dizia esta semana, é quase como se existisse uma esquadra ou um posto de polícia às ordens de sua excelência." - CM de 26/04/2012

 "Em alusão à decisão de alterar o local das cerimónias da Praça do Município para o Pátio da Galé, em Lisboa, por razões de segurança, Soares referiu: "Quem tem medo, compra um cão". DN 5/10/2012

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Fazem tudo à descarada

Desde o início do ano, o preço do carne de vaca já subiu 8 vezes, num aumento de 23%... Não deixa de ser curioso que em Hong Kong, onde a carne também vem da Mainland, o aumento foi menor. Digo eu que se calhar lá não existem os monopólios como os existentes em Macau, que enchem os bolsos dos mesmos de sempre, e são encarados com um encolher de ombros pelo Executivo.

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Guangzhou eliminado

Num belo jogo de futebol, o Guangzhou Evergrande, o Manchester City do futebol asiático, foi eliminado nos quartos de final da Liga dos Campeões Asiáticos, ao vencer o Al Ittihad, na segunda mão por escassos 2-1 que não chegaram para anular os dois golos de desvantagem trazidos da primeira mão. Após tanto investimento, vão ter de ser contentar com as provas internas...

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Sobremesa...

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Cortem mas não aqui sff

Este episódio dos cortes nas Fundações mostra bem como Portugal se tornou um país ingovernável e refém das múltiplas corporações.
Passam anos a reclamar cortes nas despesas do Estado, incluíndo as fundações mas quando alguém finalmente avança com medidas concretas, todos reclamam, como que dizendo, cortem sff mas não no meu "quintal".
Diga-se que para isto também muito contribui uma comunicação social descaradamente tendenciosa a favor das ideias de esquerda.

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Timor Debaixo de Fogo


Gosto muito desta co-produção australiana/canadiana que retrata muito bem o período terrível que se viveu em Timor antes e depois do referendo de 99 até à chegada das tropas da Interfet

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

O que irá acontecer a Bo Xilai?

Depois da sua mulher ter sido condenada à pena máxima pelo assassinato de Neil Heywood e o seu antigo chefe da polícia de Chongquing ter sido condenado a 15 anos de prisão, resta saber agora qual será o destino de Bo Xilai, outrora conhecido por Príncipe Vermelho e agora caído em desgraça.
Em ano de transição de líderes no Partido Comunista, aqui está uma matéria tremendamente sensível para as autoridades chinesas e as diversas facções dentro do Partido.


quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Os grandes patriotas

Em Hong Kong um imbecil resolveu espancar um casal que passeava tranquilamente nas ruas apenas por serem japoneses.
Imagino o barulho que os grandes patriotas chineses iriam fazer nas ruas se tivesse acontecido a situação inversa.

Arrancou a Champions

O Porto cumpriu a sua obrigação e venceu em Zagreb a equipa mais fraca deste grupo, num jogo especial para El Comandante que tinha perdido o seu pai na tarde do jogo mas que fez questão de jogar.
Como referi na altura, a vinda de Lucho era uma óptima notícia, por tudo o que acrescenta ao balneário além das evidentes qualidades futebolísticas.
A exibiçáo foi qb, consentindo alguns sustos na parte final quando o jogo já deveria estar decidido, mas o mais importante foi garantido.
Em Madrid assistiu-se a um verdadeiro duelo de campeões com uma parte final de loucos com o Real a remontar uma desvantagem por duas vezes, derrubando por fim o ferrolho de Mancini já perto do final com um golo esquisito de Ronaldo.
Mourinho celebrou ao seu melhor estilo e Mancini mais uma vez provou que não faz parte do lote dos grandes.
É por jogos assim que continuo a levantar-me de madrugada, ano após ano...

terça-feira, 18 de setembro de 2012


Loboc River, Bohol, Filipinas

domingo, 16 de setembro de 2012

Andam a brincar com o fogo

Este fim de semana voltaram a ocorrer grandes manifestações anti-Japão em diversas cidades chinesas, devido a umas ilhotas que se tornaram importantes a partir do momento em que se descobriu que são ricas em recursos naturais.

Suspeito que estas manifestações são toleradas pelas autoridades, de forma a distrair as atenções da transição de poder que irá ocorrer no congresso do partido único no próximo mês.

Nelas nunca faltam uns imbecis que aparecem para as câmaras a babarem-se e a dizer que a China devia declarar guerra ao Japão.

Não sei como esta história vai acabar mas tenho a certeza que se anda a brincar com o fogo e que basta um passo em falso para se despoletar uma tempestade de consequências imprevisíveis.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Gente doente

As recentes manifestações violentas no Egipto e a morte do embaixador americano em Benghazi mostram bem como o Islão se tornou uma religião de gente fanática e doente. Basta um filme de péssima categoria publicado no youtube por um  imbecil americano qualquer para esta gente mostrar a sua verdadeira natureza e o sangue bárbaro que lhes corre nas veias.

As espadas


O Governo estragou tudo. Tudo. Estragou a estabilidade política, a paz social, estragou aquilo que entre a revolta e o pasmo agregava o país: o sentido de que tínhamos de sair disto juntos. Sairemos disto separados? Hoje não é dia de escrever com penas, é dia de escrever de soqueira.
O Governo estragou tudo. Tudo. Estragou a estabilidade política, a paz social, estragou aquilo que entre a revolta e o pasmo agregava o país: o sentido de que tínhamos de sair disto juntos. Sairemos disto separados? Hoje não é dia de escrever com penas, é dia de escrever de soqueira. 

Passos Coelho, Gaspar e Borges estiveram fechados em salas tempo de mais. Esqueceram-se que cá fora há pessoas. Pessoas de verdade, de carne, osso, pessoas com dúvidas, dívidas, família, pessoas com expectativas, esperanças, pessoas com futuro, pessoas com decência. Pessoas que cumpriram. Este Governo prometeu falar sempre verdade. Mas para falar verdade é preciso conhecer a verdade. A verdade destas pessoas. Quando o primeiro-ministro pedir agora para irmos à luta, quem correrá às trincheiras?

Não é a derrapagem do défice que mata a união que faz deste um território, um país. É a cegueira das medidas para corrigi-lo. É a indignidade. O desdém. A insensibilidade. Será que não percebem que o pacote de austeridade agora anunciado mata algo mais que a economia, que as finanças, que os mercados - mata a força para levantar, estudar, trabalhar, pagar impostos, para constituir uma sociedade?

O Governo falhou as previsões, afinal a economia não vai contrair 4% em dois anos, mas 6% em três anos. O Governo fracassou no objectivo de redução do défice orçamental. Felizmente, ganhámos um ano. Mas não é uma ajuda da troika a Portugal, é uma ajuda da troika à própria troika, co-responsável por este falhanço. Uma ajuda da troika seria outra coisa: seria baixar a taxa de juro cobrada a Portugal. Se neste momento países como a Alemanha se financiam a taxas próximas de 0%, por que razão nos cobram quase 4%?

Mais um ano para reduzir o défice é também mais um ano de austeridade. E sem mais dinheiro, o que supõe que regressaremos aos mercados em 2013, o que será facilitado pela intervenção do BCE. Mas "regressar aos mercados" não é um objectivo político nem uma forma de mobilizar um país. São os fins, não os meios, que nos movem. 

Sucede que até este objectivo o Governo pode ter estragado. Só Pedro Passos Coelho parece não ter percebido que, enquanto entoava a Nini, uma crise política eclodia. A nossa imagem externa junto dos mercados, que é uma justa obstinação deste Governo, está assente em três ou quatro estacas - e duas delas são a estabilidade política e a paz social. Sem elas, até os juros sobem. E também aqui o Governo estragou tudo. Tudo.

Os acordos entre partidos da coligação e o PS, e entre o Governo e a UGT, têm uma valor inestimável. Que o diga Espanha, que os não tem. Mas não só está anunciado um aumento brutal de impostos e de corte de salários públicos e pensões, como se inventou esta aberração a destempo da alteração da taxa social única, que promove uma transferência maciça de riqueza dos trabalhadores para as empresas. Sem precedentes. Nem apoiantes.

Isto não é só mais do mesmo, isto é mal do mesmo. O dinheiro que os portugueses vão perder em 2013 dá para pintar o céu de cinzento. O IRS vai aumentar para toda a gente, através de uma capciosa redução dos escalões e do novo tecto às deduções fiscais; os proprietários pagarão mais IMI pelos imóveis reavaliados, os pensionistas são esmifrados, os funcionários públicos são execrados. É em cima de tudo isto que surge o aumento da TSU para os trabalhadores. 

Alternativas? Havia. Ter começado a reduzir as "gorduras" que o Governo anunciou ontem que vai começar a estudar para cortar em 2014 (!). Mesmo uma repetição do imposto extraordinário de IRS que levasse meio subsídio de Natal, tirando menos dinheiro aos trabalhadores e gerando mais receita ao Estado, seria mais aceitável. O aumento da TSU é uma provocação. É ordenhar vacas magras como se fossem leiteiras. 

Poucos políticos têm posto os interesses do país à frente dos seus. Desde 2008 que tem sido uma demência.Teixeira dos Santos aumentou então os funcionários públicos para ganhar as eleições em 2009. Cavaco Silva devia ter obrigado a um Governo de coligação depois dessas eleições. José Sócrates jamais deveria ter negociado o PEC IV sem incluir o PSD. O PSD não devia ter tombado o Governo. E assim se sucedem os erros em que sacrificam o país para não perderem a face, as eleições ou a briga de ocasião. O que vai agora o PS fazer? E Paulo Portas? E o Presidente da República, vai continuar a furtar-se ao papel para que foi eleito? 

João Proença foi das poucas pessoas que pôs o interesse do país à frente do seu, quando fez a UGT assinar um acordo para a legislação laboral que, obviamente, lhe custaria a concórdia entre os sindicalistas. Até Proença foi agora traído. Com o erro brutal da TSU, de que até meio PSD e o Banco de Portugal discordam. Sim: erro brutal. 

É pouco importante que Passos Coelho não tenha percebido que começou a cair na sexta-feira. É impensável que lance o país numa crise política. É imperdoável que não perceba que matou a esperança a milhares de pessoas. Ontem foi o dia em que muitos portugueses começaram a tomar decisões definitivas para as suas vidas, seja emigrar, vender o que têm, partir para outra. Ou o pior de tudo: desistir. 

Foi isto que o Governo estragou. Estragou a crença de que esta austeridade era medonha e ruinosa, mas servia um propósito gregário de que resultaria uma possibilidade pessoal. Não foi a austeridade que nos falhou, foi a política que levou ao corte de salários transferidos para as empresas, foi a política fraca, foi a política cega, foi a política de Passos Coelho, Gaspar e Borges, foi a política que não é política. 

Esta guerra não é para perder. Assim ela será perdida. Não há mais sangue para derramar. E onde havia soldados já só estão as espadas. "

Pedro Santos Guerreiro no Jornal de Negócios

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Mais um murro no estômago das famílias


"Já pediu desculpa e agora fala do discurso mais ingrato. Pedro Passos Coelho parece as crianças que fazem uma asneira e depois dizem que “foi sem querer”. Pois a vida dos portugueses é demasiado séria para ficar nas mãos de políticos que dizem uma coisa e fazem exactamente o contrário.
Já o escrevi aqui uma vez e reitero: Passos Coelho e Sócrates são iguais. São políticos da mesma geração, com a mesma escola política nas juventudes partidárias, com pouco currículo profissional, que acreditam que a cambalhota política resolve tudo e que vão sempre pelo caminho mais fácil.
Acusam o primeiro-ministro de liberalismo em excesso. O problema não é esse. Pedro Passos Coelho não sabe o que é. Desde que chegou ao poder, tomou sempre as medidas impostas pela ‘troika' ou como reacção aos problemas. Nunca os antecipou. Por isso, as soluções parecem desconexas e passam pelo que está à mão. Ou seja, pela subida da carga fiscal, de todas as formas e feitios. Mais IRS, IRC, IVA, menos deduções, mais impostos sobre o património e agora mais contribuições para a Segurança Social. O mais difícil continua por fazer: reformar o Estado.
O que está feito nas fundações e nas PPP é claramente insuficiente. Nem cócegas faz ao monstro. É preciso ir mais ao fundo e debater com os portugueses um novo contrato social. Que Estado querem e estão dispostos a pagar? E depois ser consequente. Definir as funções que continuam públicas e as que passam para os privados.
Perceber quantos funcionários há a mais. Modernizar o Estado e dignificar as carreiras dos trabalhadores públicos. Mas, para fazer isto, é necessário ter uma ideia para Portugal. E é isso que Passos Coelho não tem. Ou ainda não explicou. Por isso, os portugueses não percebem mais este murro no estômago. Justificar mais austeridade com o estado de emergência já não chega porque o Governo não está a tirar o País da falência. Pelo contrário, está a empurrar as famílias e as empresas que restam para a bancarrota.
É verdade que o Governo tinha um problema de dois mil milhões para resolver, que resultou da decisão do Tribunal Constitucional sobre a suspensão dos subsídios de férias e de Natal na função pública. Com a comunicação de sexta-feira, o primeiro-ministro quis apresentar a solução enquanto a ‘troika' ainda está por Lisboa a fazer a quinta avaliação ao plano de resgate.
Havia outras formas de resolver o problema. Em vez da trapalhada da Taxa Social Única, que apenas beneficia as empresas não exportadoras, que vão guardar essa folga, por que não atacar a despesa pública? O Executivo podia devolver um subsídio ao público, cortar parte ao privado e o resto ser compensado com menos gastos. Mas como até agora, foi sempre o caminho mais fácil - aumentar a carga fiscal sobre a classe média e atacar quem ainda trabalha. Com esta medida, Pedro Passos Coelho apenas garantiu menos consumo, mais recessão, falências e desemprego.
E os portugueses que se preparem. Os ataques do primeiro-ministro não ficam por aqui. Para garantir a descida do défice em 2013, o Governo vai ter de adoptar mais medidas no Orçamento do Estado. Como já se percebeu, faltam ideias para cortar na despesa. Por isso, esperam-se mais impostos. Novas subidas do IVA e do IRS. Se assim for, este Orçamento do Estado não serve. Em pouco mais de um ano, percebe-se que o Governo está sem capacidade política para fazer a reforma do Estado e que já perdeu a oportunidade. Os portugueses já se divorciaram de Pedro Passos Coelho."
Bruno Proença no Diário Económico

quinta-feira, 6 de setembro de 2012



Boracay, Dezembro de 2010

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Grande Toni

 Imperdível este vídeo com o antigo treinador do Benfica

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

No Reservations Macau







Primeira parte do famoso programa de Anthony Bourdain gravado em Macau. Recomendo

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Enorme Radamel

Com a exibição da noite de ontem, Falcão subiu ao topo dos melhores jogadores da actualidade. Eu só não percebo é como ele não está a jogar num clube de nível mundial. Abramovich ontem deve ter pensado para si próprio por que razão contratou. Torres por 60 milhões em vez do colombiano...

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Dia de sorteio

Para o Porto, inserido no Pote 1, um sorteio terrível seria:

Man City, Juventus, B.Dortmund

Um sorteio simpático seria:

D.Kiev, Anderlecht, Nordsjalland

Já para Braga/Benfica, inseridos no Pote 2, incluo o Real/ Barcelona no terrível e o Milan no simpático.

Actualização:

 Acabou por ser um sorteio simpático para as 3 equipas. Não percebo como existem jornalistas aqui em Macau que escrevem que o Porto teve a vida muito mais facilitada, devido aos outros dois terem apanhado um dos tubarões. Se estavam no pote 2 era lógico que fossem apanhar um gigante. Dah....

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Grande Braga

Tendo visto o jogo a partir dos 60 minutos, posso dizer que fiquei muito impressionado com a exibição dos arsenalistas em Udine. Exibir tanta classe e personalidade num jogo decisivo fora de casa não é para todos.
Mereciam ter resolvido a eliminatória antes dos penaltis mas por uma vez fez-se justiça na lotaria das grandes penalidades.

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Os submarinos...

"A aquisição de submarinos por parte do Estado português aos alemães não é só um caso de corrupção. Representa a podridão na política e simboliza o estertor do sistema de justiça. O processo de compra inicia-se no governo de António Guterres, cujo ministro da Defesa era o advogado Rui Pena.


Conclui-se já no consulado de Durão Barroso, sendo então Paulo Portas o ministro com a tutela das Forças Armadas. Os processos de concurso e de aquisição foram opacos, as contrapartidas que os alemães deveriam dar ao Estado português não se concretizaram. Os portugueses foram lesados em muitos milhões. Neste crime, terão sido beneficiados particulares, advogados e os partidos políticos do arco do poder. A corrupção foi provada de forma inquestionável. Na Alemanha, há já condenados a cumprir penas de prisão por terem corrompido portugueses. Por um processo análogo, foi condenado e preso um ex--ministro grego. Mas em Portugal não há acusados, os processos adiam-se e prescrevem, documentos desaparecem misteriosamente. Os principais protagonistas parecem não querer que a Justiça actue. Barroso e Guterres, detentores de proeminentes cargos internacionais, não se incomodam por estarem ligados a tão obscuro processo. Paulo Portas, apesar de ferido na sua honorabilidade, é o representante máximo da diplomacia portuguesa, afectando a credibilidade do país no concerto internacional. Os secretário-geral do PSD de então, José Luís Arnaut, é hoje sócio do ministro que iniciou o processo e ambos se associaram ao actual presidente da Comissão Parlamentar de Defesa, Matos Correia. Convenientemente, garante-se a inação do Parlamento.
Entretanto, a Justiça revela-se incompetente. Oscila entre arquivamentos incompreensíveis, a incapacidade de reunir documentos e a apatia total. Não poderia ser mais colaborante com os criminosos. Os procuradores deveriam, no mínimo, acompanhar a justiça alemã, mas nem isso conseguem. Do alemão para o português há problemas de tradução. E de tradição.
Este caso dos submarinos, sendo uma gravíssima questão de justiça, mais do que isso é um assunto de regime. Se deixar intocáveis os corruptos, se permitir este nível de impunidade na política, o regime afundar-se-á com os submarinos. A pique."

Paulo Morais no Correio da Manhã

Viva os monopólios

Numa altura em que a guerra Apple-Samsung está ao rubro, lembro-me da forma como falavam da Microsoft há uns anos atrás, que ao pé da marca da maçã não passam de uns aprendizes de monopolistas

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

A habitação económica

Adorava saber de quem foi a brilhante ideia de construir aqueles mamarrachos terríveis em Coloane, que dão pelo nome de habitação económica, para onde agora ninguém quer ir morar.

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Mais do que as mães

Mais de 16 milhões de pessoas visitaram a RAEM até ao mês de Julho. O período de permanência é que obviamente continua a ser curto pois além do jogo pouco mais há para fazer e nem toda a gente pode pagar estadias nos hotéis/casinos...

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Eles estão de volta



A magnífica banda do Porto está de volta

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Medicina Chinesa

Interessante entrevista aqui da pioneira da medicina chinesa em Portugal.

domingo, 19 de agosto de 2012

Paupérrimo

Tal como na semana passada, o jogo portista foi mais do mesmo em relação à época transacta. Aborrecimento total, lentidão brutal e pouca ou nenhuma imaginação. Hulk bem tenta remar contra a maré mas está muito mal acompanhado.
 E o discurso de Vitor Pereira está cada vez pior.  Não tenho mesmo paciência para estes choradinhos e queixinhas, principalmente quando as exibições são tão pobres.

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Ainda não vai ser desta

Este ano andava com vontade de ir experimentar a Maratona de Macau, mas perdi logo a vontade ao ler que a corrida deste ano vai começar às cinco da manhã...
Custa assim tanto perturbar o trânsito num domingo de manhã?

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Uma participação mediana

A participação portuguesa nos Jogos Olímpicos foi regular, com alguns pontos positivos com a canogaem, remo e ténis de mesa. Num país em que o desporto escolar é desprezado e o deus futebol leva tudo, não se pode exigir muito mais.
Fica igualmente a nota positiva para ao contrário de Pequim, não se terem ouvido as mil e uma desculpas para os insucessos.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Férias

Em meados de Agosto estou de volta

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Alguem consegue explicar isto?


"Falta de acesso ao crédito leva consumidores a recorrer a cartões, com juros médios de 28%.
Os bancos portugueses deram mais 811 mil cartões de crédito aos seus clientes em 2011, para um total que já ultrapassa os 10,1 milhões de cartões no país, de acordo com os dados ontem divulgados pelo Banco de Portugal (BdP). Números que surgem em contracorrente com a tendência observada em 2009 e 2010, quando o números de cartões de crédito diminuiu. "As pessoas estão a pedir mais cartões de crédito porque o crédito em geral tem diminuído substancialmente. E isto significa que, além das compras normais que já se faziam anteriormente, estes cartões servem hoje também para suprir necessidades, como pagar a água ou a luz, que antes eram supridas pelo crédito tradicional"

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Os homens do dinheiro

Enquadrada nas eleições presidenciais americanas, podemos ler aqui esta excelente reportagem sobre a Las Vegas Sands e as suas actividades em Macau.

terça-feira, 17 de julho de 2012

Afirmações polémicas


"D. Januário Torgal Ferreira não poupou nas palavras e acusou directamente o Governo de Passos Coelho de "corrupto". O bispo das Forças Armadas disse mesmo, ontem à noite na TVI 24, que os membros do governo de Sócrates eram uns "anjinhos" por comparação estes "diabinhos negros".
"Há jogos atrás da cortina, habilidades e corrupção. Este Governo é profundamente corrupto nestas atitudes a que estamos a assistir", frisou, acrescentando: "Nós estamos numa peregrinação em direcção a Bruxelas e quando tudo estiver pago daqui de Portugal sai uma procissão de mascarados a dizer: vamos para um asilo, salvem-nos".
"O problema é civilizacional, porque é ético. Eu não acredito nestes tipos, em alguns destes tipos, porque são equívocos, porque lutam pelos seus interesses, porque têm o seu gangue, porque têm o seu clube, porque pressionam a comunicação social, o que significa que os anteriores, que foram tão atacados, eram uns anjos ao pé destes diabinhos negros que acabam de aparecer", frisou no programa Política Mesmo da TVI 24horas."

O mínimo que se exige é que este senhor apresente provas do que diz e reporte às autoridades competentes tudo o que sabe, pois são afirmações demasiado fortes para serem ignoradas.

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Os profetas da desgraça

Acho piada aos economistas que devido à economia chinesa no segundo trimestre ter crescido "apenas" 7,6%, já começaram a traçar cenários negros para o futuro da economia chinesa.
Será que esta gente não entende que uma certa moderação do crescimento é benéfica e que quando vemos algo a crescer desenfreadamente, mais tarde ou mais cedo, irá sofrer um "crash" brutal?
Custa-me a aceitar esta vertigem e obsessão pelo crescimento desenfreado.


quinta-feira, 12 de julho de 2012

A crise segue dentro de momentos

De acordo com o SOL, os 4 festivais de Verão na região de Lisboa, renderam 32 milhões de euros só em receitas de bilheteira.
Sempre me intrigou como é possível existirem tantos festivais com imensa gente a comprar bilhetes a preços altíssimos.

Ténis no seu very best

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Umas boas notícias de vez em quando


"Há quase 70 anos que Portugal não vendia mais ao exterior do que comprava. O último excedente da balança comercial portuguesa registou-se em 1943, durante a II Guerra Mundial. Este ano deverá voltar a acontecer o mesmo.
Os dados são do Banco de Portugal. O saldo entre compras e vendas de bens e serviços ao exterior deverá passar de -3,2% do Produto Interno Bruto (PIB), em 2011, para um excedente de 0,4% este ano, melhorando depois em 2013 para 2,5%, algo nunca registado nos últimos 69 ano"


segunda-feira, 9 de julho de 2012

Kind Federer

Magistrais exibições de Federer diante de Djokovic e Murray que lhe valeram um justíssimo sétimo título de Wimbledon e o regresso ao número um do ranking ATP, dois anos depois.
Uma grande resposta para os que os davam como acabado e em decadência.

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Um regresso em grande



Estes nunca me desiludem. Enormes Sigur Ros

terça-feira, 3 de julho de 2012

Tudo perfeitamente normal


"Na passada semana, recorde-se, Ng Wai – um dos principais promotores de jogo VIP do território, que nos anos de 1990 surgia como alegado rival do líder da seita 14 Quilates, Pan Nga Koi – foi agredido por um grupo de seis homens, armados com paus e martelos, enquanto jantava com uma mulher no hotel – a sua secretária. Ng Wai terá ficado com as pernas e as mãos partidas. A mulher foi também hospitalizada.
O caso foi considerado “normal” pela Polícia Judiciária, que confirmou apenas a audição de um suspeito para declarações. O indivíduo não foi constituído arguido."
Por volta do fim de 2012 com a libertação do líder da 14 quilates vamos ter uns tempos bem animados

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Os Grandes Caem de Pé

A Selecção teve ontem uma despedida honrosa e com a dignidade das grandes equipas. Durante 90 minutos fomos superiores aos actuais campeões europeus e mundiais, asfixiando o poderoso meio campo espanhol fruto de uma pressão alta fortíssima que pagámos caro no prolongamento onde aí sim, a selecção espanhola foi bem superior.
Nos penaltis, os pequenos pormenores fizeram toda a diferença como a bola que vai à barra e ressalta para fora ou o pontapé de Fabregas que bate no poste mas vai para dentro da baliza.
A rapaziada regressa a casa de cabeça bem levantada e com a sensação do dever cumprido.

terça-feira, 26 de junho de 2012

Italiano Vero

segunda-feira, 25 de junho de 2012

O mundo ao contrario

Os deuses do futebol devem estar loucos.  A Italia, patria do catenaccio , encostou as cordas uma Inglaterra que praticamente apenas defendeu todo o jogo e acabou por justamente vencer nos penaltis.
Enorme Pirlo que tem feito um grande Euro

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Soberba exibição

Primeiro que tudo tenho que dar a mão à palmatória e reconhecer que não esperava uma prestação tão boa por parte da selecção.
Ontem assistimos à melhor exibição da era Paulo Bento onde foi notório mais uma vez o forte espírito de grupo e a atitude que permite ultrapassar as contrariedades como o excelente golo de Van Der Vaart.
Ronaldo fez uma exibição descomunal secundado por toda a equipa, com Nani, Moutinho e Pepe em especial destaque.
Tal como no Euro 2000, ultrapassámos o grupo da morte e a partir de agora tudo é possível. Teremos pela frente uma selecção que passou de ser goleada no primeiro jogo a apurar-se em primeiro no seu grupo.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

A minha vénia para eles



Fantástica demonstração de apoio dos adeptos irlandeses com a sua equipa a ser goleada e a ser eliminada do Euro 2012.
Se fossem adeptos portugueses, teríamos insultos e lenços brancos...

Atracção pelo sofrimento

Do emocionante jogo de quarta feira retirei algumas ilações:

- Mais uma vez, enorme exibição de Pepe, um jogador sempre de máximo rendimento ao serviço da selecção. Nani e Coentrão estiveram igualmente a excelente nível.

- Irresistível a nossa atracção pelo sofrimento e pelo abismo. De uma segunda parte em que podíamos ter dilatado o marcador por diversas vezes, passámos para um empate comprometedor, salvo pelo oportunismo do Drogba da Caparica. Muito bom ver um humilde jogador da minha terra a decidir jogos no Euro 2012.

- Cristiano Ronaldo parece sofrer de um bloqueio psicológico enorme ao serviço da selecção que lhe condiciona bastante o rendimento.

- Agora no domingo estamos numa situação em que mesmo perdendo podemos passar ou em que ganhando podemos ficar pelo caminho. Como não acredito em facilidades alemãs, vamos ganhar o nosso jogo e ponto final

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Estranhos tempos estes


"Milhões de cidadãos na Europa e nos Estados Unidos estão a ser levados a tomar posições que favorecem objectivamente os mercados financeiros e, em particular, os agentes mais gananciosos da especulação, que em lugar de serem punidos pelos graves erros que cometeram estão a ser beneficiados, em prejuízo do cidadão trabalhador e contribuinte. Em especial, alguma esquerda, a área política que sempre defendeu o trabalho honesto como modo de vida e a solidariedade do estado para quem realmente precisa, está a contribuir para o contrário do que apregoa.
A influente revista The Economist, publicação com sede em Londres, crítica declarada do projecto do Euro desde o seu início, volta esta semana à carga contra a senhora Merkel, com uma capa muito sugestiva. Um desenho de um navio de mercadorias com o nome de Economia Mundial afunda-se em pleno oceano enquanto alguém grita da torre de comando – Podemos ligar agora os motores, senhora Merkel?
No artigo que resume o tema de capa, o articulista que nunca assina é muito claro – apenas a chanceler alemã tem a chave para recuperar a economia mundial e não está a querer usá-la.
A tese é a mesma de sempre – Berlim tem de mudar o foco da austeridade para o crescimento económico. A mesma conversa da Administração Americana e de todos os investidores, jornalistas e analistas que, do outro lado do Atlântico ou do Canal da Mancha criticam a Europa do Euro. Os mesmos que nunca viram a crise do sub-prime a aproximar-se e a financeirização da economia ocidental a dar cabo dessa mesma economia, a empurrar as empresas industriais para outras zonas do globo e a deixar um rasto de dívida insustentável em todos os recantos da nossa civilização.
Sejamos claros.
Defender mais gastos orçamentais para estimular a economia é defender a aposta na continuidade de uma procura interna baseada em dinheiro que o países não têm, que a economia não gera, que tem pouca ou nenhuma utilidade económica porque não é investimento orientado para uma procura espontânea mas sim induzida, logo insustentável e que, em rigor, vai aumentar ainda mais a dívida externa. Vai aumentar ainda mais o risco da banca, do Estado, das empresas em geral. Vai aumentar as taxas, e o montante absoluto de juros efectivamente pagos a quem nos empresta o dinheiro.
Esta formulação é válida para Portugal, para Espanha, para tália, para a França, para A Bélgica, para a Holanda – sim para a aparentemente rica Holanda, também altamente endividada – para o reino Unido e para os Estados Unidos.
O que Angela Merkel está a querer fazer, em larga escala, é cortar a dependência viciosa e fatal das economias em que vivemos em relação aos grandes bancos que nos intoxicaram de crédito. (Sim, os banqueiros fizeram o que os políticos lhes permitiram, ou lhes pediram, e por isso foram recompensados. Aliás, a recompensa surge muito frequentemente sob a forma de cargos nos governos, na banca internacional, nos governos outra vez, na banca… etc. Neste dossier, o expoente máximo é mesmo Washington).
O que Angela Merkel quer fazer é proteger o chefe de família trabalhador, cumpridor, pagador de impostos, sóbrio solidário e pouco endividado – o mesmo que as esquerdas juram defender.
Como escrevemos no artigo anterior (A Tragédia a acontecer e quase ninguém a ver…de novo), os mesmos financeiros que agora se guiam por algoritmos para continuar a ganhar com a queda dos devedores, depois de terem ganho biliões com a sua subida vertiginosa e alavancada, os mesmos que pulavam de conferência em conferência para denegrir o papel do Estado e exigir a sua saída da economia, são os mesmos que chamam o estado para resolver os problemas dos seus bancos quando a concessão irresponsável de crédito corre mal.
A reacção em forte alta dos mercados financeiros, esta segunda-feira de manhã na primeira sessão após o resgate público anunciado no Sábado aos bancos espanhóis é bem a prova desta hipocrisia.  Num ápice, um problema de 100 mil milhões de euros que estava nos balanços dos bancos espanhóis passou para os bolsos dos contribuintes de Espanha. E passará para os bolsos dos alemães se o país vizinho não puder pagar, situação que não é improvável. Mas os mercados financeiros aplaudiram – têm o problema dos senhor que neles mandam – os sacrossantos accionistas – resolvido.
Mas como dissemos, o problema apenas transitou de uns protagonistas para outros, mantém-se em Espanha e em, última instância, na Zona Euro. E por isso, os juros da dívida pública espanhola, que inicialmente desceram levados pela mesma euforia, já estão de novo a subir.
Parar com a alavancagem insustentável dos Estados, da banca, das empresas e das famílias é o objectivo de Berlim. Devia ser o objectivo de todos nós. Devíamos deixar de ser reféns de um sector que têm um objectivo nobre – disponibilizar às empresas dinheiro para desenvolverem negócios sustentáveis, que foi poupado por quem não sabe aplicá-lo em larga escala noutras actividades – mas que perdeu esse objectivo de vista e se transformou em financiador de ineficiências públicas e privadas para seu próprio benefício.
Continuar com programas de estímulo orçamental com recurso a crédito para financiar actividades que não têm procura natural nem são sustentáveis; deixar de fazer a mudança estrutural da economia de serviços de ficção em que nos transformámos; impedir que nos viremos para a indústria, para a produção de bens concretos mas que dão menos lucro a curto prazo; isso sim, é continuar o desastre económico em que temos vivido.
Mas é o que quer Wall Street e a City: que os contribuintes europeus paguem os desmandos dos bancos em risco; que os contribuintes europeus paguem as dívidas dos países que por culpa própria se endividaram; e que os governos europeus dos países que ainda não se endividaram perigosamente, como a Alemanha, gastem mais e se endividem ainda mais.
Assim se manteria o nível de rendimentos da City e de Wall Street. E assim se evitaria que a armadilha sobre a qual os maiores bancos de investimento do mundo estão sentados, o mercado OTC – Over the counter – ou mercado não regulamentado de derivados, fosse desactivada. Pois essa armadilha vai ter de ser desactivada. É um brinquedo demasiado caro e perigoso para o Mundo.
E aqui está como uma inocente defesa de mais investimento pelos Governos para evitar o agravamento da crise e dos despedimentos, uma simples crítica à austeridade e aos seus efeitos, se está a transformar na mais forte estratégia de defesa dos especuladores dos mercados financeiros.
Para quem pensa que não há esperança na austeridade, leia bem o boletim desta segunda-feira do Instituto Nacional de Estatística sobre o Comércio Internacional de Portugal:
Nos primeiros quatro meses do ano, a taxa de cobertura das importações pelas exportações já vai em 81,8 por cento! Há quantas décadas não acontecia isto?
E se retirarmos os combustíveis e lubrificantes da conta – a dependência do petróleo, o saldo da balança comercial já é positivo em 150 milhões de euros só nestes meses!
De facto, o que estava a matar a nossa economia não era só o défice público – eram também os centros comerciais!
É para acabar com esta notável mudança da nossa economia que os críticos da Austeridade lutam? É para continuar com a irresponsável aplicação de dinheiro e favorecimento injustificado de quem o empresta?
Estranhos tempos estes em que vivemos… em que a líder de um país que trabalhou e poupou enquanto todos os outros gastavam e se divertiam é acusada de estar a afundar a economia mundial!
Estranhos tempos estes em que Angela Merkel age seguindo os princípios da esquerda para defender os interesses das populações e é apontada como fascista, enquanto as esquerdas acabam por defender os ilegítimos interesses do neo-liberalismo que comanda a alta finança e criou a sociedade mais desigual de que há memória, concentrando a riqueza em um por cento e deixando as dívidas nas mãos de 99 por cento dos cidadãos!"
José Gomes Ferreira, editor de economia da SIC

terça-feira, 12 de junho de 2012

Toda a gente mente

"O descalabro da banca espanhola é uma vergonha de regime. Pela construção de um mito. Pela cumplicidade público-privada num delito. Pelos lucros passados de uns na inexacta proporção dos prejuízos futuros de outros. Pela negação. Pelo contágio. Pela mentira. Toda a gente mente. Toda a gente mente à mesma gente: ao contrib... ao povo. 

Hoje temos o direito de falar do que se passa na casa dos outros. Porque a casa dos outros está hipotecada e nós pagaremos a serventia. Nós, os "europeus". Qual é a diferença entre a Grécia ter mentido nas contas públicas e bancos espanhóis terem mentido nos balanços? 

O problema espanhol é mais parecido com o irlandês, porque é bancário, do que com o português, que dos dez possíveis problemas não tem nenhum gigante mas tem todos ao mesmo tempo. Em Espanha, o mal nasce numa relação conjugal não vigiada entre "cajas de ahorro" e poderes políticos regionais, a par de uma bolha imobiliária de que todos participaram - e lucraram: bancos no crédito, construtoras no negócio, imobiliárias na colocação, Estado nos impostos, partidos sabe-se lá no quê, Governo nas estatísticas do PIB. 

Há pelo menos dois anos que a bolha imobiliária e os seus efeitos eram visíveis. Mas Espanha fez tudo mal entretanto, com o anterior Governo, de Zapatero, a adiar o problema e com o novo Governo, de Rajoy, a perder o controlo da sua resolução. O que podia ter sido contido às cajas pode agora contagiar os maiores bancos (Santander, BBVA e La Caixa não estão dependentes destes cem mil milhões). Pior: pode contagiar a dívida soberana.

O que é diferente da Irlanda é a solução. A Irlanda nacionalizou o prejuízo dos bancos, o que se tornou défice público; em Espanha tenta-se colocar um cordão de segurança à volta da banca, emprestando-lhe cem mil milhões, que serão dívida pública. O objectivo é impedir que o problema da banca se torne um problema do Estado. Mas é claro que estes cem mil milhões são parte de um resgate a Espanha. Inclui um programa de austeridade não escrito mas já em prática. E colocará bancos espanhóis debaixo da supervisão do BCE.

Esta pode ser uma das grandes consequências desta crise espanhola: o salto para a união bancária na Europa. Uma união em que abrir conta em Lisboa, em Madrid ou em Berlim seja igual. Uma união em que o Banco Central Europeu comande a supervisão bancária. O Banco de Espanha sai mal, sai muito mal desta história. Até porque o Governo de Rajoy o desautorizou, ao deslocar a auditoria ao sistema para o Ministério da Economia. 

Os bancos europeus não vão mais ganhar dinheiro como até aqui, vão passar por fusões, extinções, vão reduzir o número de balcões, o número de empregados, o endividamento, os activos, os balanços. Nós sabemos: estamos adiantados nisso em Portugal. 

Um parágrafo para Portugal: o bom aluno tem razões para sorrir. O processo de capitalização está a concluir-se e os bancos chegarão ao Verão com os rácios de capital mais altos da Europa. Falta saber que parte é pública e que parte é privada mas isso são contas para outro editorial. Mais: dos 12 mil milhões disponíveis, estão para já comprometidos um máximo de cinco mil milhões (para o BCP e BPI; admite-se 500 milhões para o Banif). Sobrarão pelo menos seis mil milhões como seguro para eventuais necessidades. Ministério das Finanças e Banco de Portugalnão agiram sempre juntos, mas não agiram ainda mal. 

De Espanha o problema não será financeiro, mas económico: as nossas exportações. O contágio não é a ocidente mas a oriente de Madrid. É para lá dos Pirineus. E dos Alpes. É os maiores bancos espanhóis perderam acesso a financiamento, caso em que cem mil milhões não bastam; é a Espanha não ter taxas de juro acessíveis, altura em que a pressão para a mutualização de dívida na Europa se torna inadiável. Rajoy não foi ontem ver futebol àPolónia porque está despreocupado. Foi porque quer parecer que não está desesperado.

"Parem o jogo da culpa", disse Bob Diamond, presidente do Barclays, há ano e meio. É cedo. Quando dizemos que a banca capturou a política é disto que falamos. De repúblicas de devedores e monarquias de credores. De financeiros que sabem tudo embalarem políticos que não sabem nada. E de uns e outros terem o supino descaramento de acusar aqueles que pagam os seus erros de iliteracia financeira. Sim, aqueles que estoiram os orçamentos futuros, tapados com austeridade e que destapam falências e desemprego, são os que chamam o povo de ignorância financeira. É lindo.

A crise é bancária. Metastizou-se em crise soberana. E ambas são suportadas pelos "europeus". Por nós. Só numa democracia doente é que mentir a instituições europeias, como na Grécia, é mais grave que mentir ao povo, como em Espanha. A banca será ajudada. E nós, que lhes dizemos? Nada. Já dissemos tudo um outro. Já escrevemos tudo o que havia a escrever. Falta sofrer. Como é que se regressa do abismo? "


Pedro Santos Guerreiro no Jornal de Negócios