Em 2013 ,uma pequena cidade espanta o mundo com o seu impressionante crescimento económico
sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
A crise das democracias
A greve selvagem feita pelos controladores aéreos em Espanha mostra bem como no sul da Europa as democracias estão doentes e as corporações pensam apenas em defender os seus direitos e regalias.
Quando são os próprios governos a mandar a tal de democracia às malvas quando lhes convém, desrespeitando sistematicamente quem trabalha, a greve-surpresa dos controladores espanhóis devia era ser um exemplo para as outras profissões e para os outros países.
Até posso concordar em relação a algumas classes, mas neste caso trata-se de uma classe hiper privilegiada que pura e simplesmente abandonou o seu local de trabalho sem dar cavaco a ninguém
Se calhar limitaram-se a aproveitar o facto de saberem que têm poder para fazer isso. Se fossem simples varredores de rua, amanhã eram despedidos e punham outros no seu lugar. Agora, quatrocentos e tal controladores de tráfego aéreo, quero ver onde é que a Espanha ou qualquer outro país tem capacidade para arranjar de um momento para o outro outros que os substituam. É pena que outros trabalhadores não possam fazer o mesmo, mas eu como trabalhador prefiro criticar os governos que abusam do poder que têm e que fazem as leis que lhes convêm para sugar cada vez mais quem trabalha do que criticar trabalhadores (sejam eles especializados ou não) que dão uma lição destas aos parasitas do poder. Ao fazerem-no, estão a dar uma lição àqueles que se julgam donos do mundo por estarem sentados na poltrona do poder, e deviam ter o apoio de todos os outros trabalhadores. Isto está tudo ligado, e outras profissões podem lucrar muito com a luta desta. A criticar sempre os trabalhadores de outras profissões que tomam medidas radicais, por um lado, enquanto se vai aguentando a roubalheira da clientela política incompetente, por outro, é que estaremos cada vez pior. Eu sei perfeitamente de que lado da barricada é que estou. E não é certamente do lado dos incompetentes e corruptos, culpados de todas as crises. Vivam os controladores espanhóis!
Aquilo que o meu mestre Castanheira Neves ensinava - "não confundir liberdade com libertinagem , senhores".
ResponderEliminarQuando são os próprios governos a mandar a tal de democracia às malvas quando lhes convém, desrespeitando sistematicamente quem trabalha, a greve-surpresa dos controladores espanhóis devia era ser um exemplo para as outras profissões e para os outros países.
ResponderEliminarAté posso concordar em relação a algumas classes, mas neste caso trata-se de uma classe hiper privilegiada que pura e simplesmente abandonou o seu local de trabalho sem dar cavaco a ninguém
ResponderEliminarSe calhar limitaram-se a aproveitar o facto de saberem que têm poder para fazer isso. Se fossem simples varredores de rua, amanhã eram despedidos e punham outros no seu lugar. Agora, quatrocentos e tal controladores de tráfego aéreo, quero ver onde é que a Espanha ou qualquer outro país tem capacidade para arranjar de um momento para o outro outros que os substituam. É pena que outros trabalhadores não possam fazer o mesmo, mas eu como trabalhador prefiro criticar os governos que abusam do poder que têm e que fazem as leis que lhes convêm para sugar cada vez mais quem trabalha do que criticar trabalhadores (sejam eles especializados ou não) que dão uma lição destas aos parasitas do poder. Ao fazerem-no, estão a dar uma lição àqueles que se julgam donos do mundo por estarem sentados na poltrona do poder, e deviam ter o apoio de todos os outros trabalhadores. Isto está tudo ligado, e outras profissões podem lucrar muito com a luta desta. A criticar sempre os trabalhadores de outras profissões que tomam medidas radicais, por um lado, enquanto se vai aguentando a roubalheira da clientela política incompetente, por outro, é que estaremos cada vez pior. Eu sei perfeitamente de que lado da barricada é que estou. E não é certamente do lado dos incompetentes e corruptos, culpados de todas as crises. Vivam os controladores espanhóis!
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